segunda-feira, 6 de setembro de 2010

INSTRUMENTOS USADOS NA BRUXARIA

Quero falar um pouco sobre os instrumentos usados na bruxaria, talvez até, desmistificar os mesmos, para que os leigos não nos acusem de usá-los de forma errônea.


ATHAME:


Athame é uma faca de cabo preto, é uma "arma" de uso tradicional na bruxaria.
Ela é usada para atrair o círculo mágico e para controlar e banir espíritos. O uso de uma arma mágica desse tipo pelas bruxas é muito antigo. Um desenho sobre um vaso grego de aproximadamente 200 a.C. mostra duas bruxas nuas "atraindo a lua", isto é, invocar* os poderes da Lua para ajudar em sua magia. uma delas está segurando uma varinha de condão e a outra uma espada pequena. Evidentemente a faca mágica pode ter evoluido desde essa faca. Uma jóia entalhada da Roma Antiga mostra Hécate, a deusa da bruxaria, na forma tripla. Seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica; mais uma vez, esse parece ser o protótipo do Athame.
Uma edição mais antiga do grimório (publicação ocultista que trata de diversos temas relacionados à espiritualidade humana escritos por autoridades do assunto) chamada Clavicle of salomon (Clavícula de Salomão), datado de 1572 e agora no Museu Britânico, menciona a faca mágica pelo nome de Arthana. Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando uma fantasmagoria de demônios que ela conjurou, brandindo um Athame numa mão e uma porção de ervas mágicas  na outra. Uma das fantásticas figuras da bruxaria do artista alemão Teniers mostra uma cena parecida de uma bruxa controlando espíritos com o uso de seu athame.
O uso de uma adaga mágica consagrada também é conhecido no Tibet, eles tem em comum a forma da lâmina, triangular e um cabo na forma de dorje ou raio. É curioso como essa crença mágica tem sido encontrado em lugares tão distantes.
Deixo aqui claro mais uma vez o fato de NÃO UTILIZARMOS O ATHAME PARA CORTE DE PESSOAS OU ANIMAIS, POIS NÃO UTILIZAMOS SANGUE EM NOSSOS RITUAIS.


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O Caldeirão
O caldeirão é o instrumento da Bruxa por excelência. Um antigo recipiente culinário, imbuído em mistério e tradição mágica. O caldeirão é o recipiente no qual ocorrem as transformações mágicas; tem um significado muito especial. É o símbolo máximo da Deusa, é seu útero, sua essência de feminilidade manifestada e sua fertilidade. Está relacionado com o elemento Água e se situa ao centro do Círculo Mágico e do Altar.
É também um símbolo da reencarnação, da imortalidade e da inspiração. As lendas Celtas acerca do caldeirão de Cerridwen tiveram grande impacto na  Bruxaria contemporânea. O caldeirão é geralmente um ponto central dos rituais.









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A Vassoura
A imagem tão familiar hoje em dia de uma bruxa atravessando os céus noturnos montada em uma vassoura fez sua primeira aparição pública no século XV, no manuscrito Lê Champion des Dames (O Campeão das Damas) do escritor suíço Martin Le Franc. Porém, as conotações mágicas das vassouras são muito mais antigas do que as descritas por Martin Le Franc.
Há muito as vassouras têm sido associadas à magia feminina e a mulheres poderosas. Diga-se de passagem, transformaram-se no equivalente feminino do cajado usado por Moisés para abrir o mar vermelho.
As Sagradas Parteiras da Roma Antiga varriam as soleiras das casas das mulheres grávidas, acreditando que assim espantariam os maus espíritos, protegendo as mães e os seus bebês.
Desde essa época, as vassouras tinham seu poder simbólico para questões mundanas e grandiosas. Em algumas regiões da Inglaterra, até bem recentemente, as mulheres deixavam suas vassouras do lado de fora ao ausentar-se de casa.
No País de Gales e entre os ciganos, a tradição determinava que, para selar os casamentos, os noivos deviam pular uma vassoura colocada na entrada da nova casa (Na Wicca, a vassoura faz parte da cerimônia de casamento, chamada Pacto).
Símbolo do lar, da Deusa e do Deus, a vassoura é um dos instrumentos favoritos dos iniciados usados para a limpeza psíquica do espaço do ritual antes, durante e após os trabalhos mágicos.
Como símbolo de um passado pagão, a vassoura despertou hostilidade entre os cristãos caçadores de bruxas. Mas, contrariando a crença popular, poucas das confissões forjadas durante os julgamentos às bruxas mencionavam vassouras.
Embora os acusadores costumassem enfiar idéias nas cabeças de suas vítimas, não era comumente adotada nos Tribunais, a imagem da vassoura voadora. Porém, este conceito permanece e, é até os dias de hoje um ícone inseparável da bruxa.


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